Soneto da Boa Noite
Caídos, sonolentos olhos baços
Que se entravam, abertos, em contenda,
Pois que, cerrados, como reprimenda,
Afastam-me da contagem dos teus passos.
Hora triste, quando a noite encontra o meio
E tu segues – tendo a Lua a vigiar-te –
Dou adeus a ti, que pela rua partes...
Por teu sinal, aqui espero, aqui anseio.
Vem de longe restituir-me o compasso,
Traz consigo a tua voz... Então desperto
Ao captar teu “Boa Noite” em meus ouvidos!
Ora calmos, cedem os olhos ao cansaço
Não te enxergam, posto que não abertos,
Para sonhar-te, tendo agora adormecido.
Gustavo Carneiro de Oliveira
16/12/2008
este soneto vale 1 minuto da minha atenção
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