(originalmente publicado em)
Itabuna, domingo, 17 de abril de 2005
Soneto de Amargura
Numa escala evolutiva
Percorri o meu caminho
E ferida em tanto espinho
Eis que minh’alma é viva!
E daí? O que ganhei?
Algum reconhecimento?
Ah, não! Sou vítima do Lamento!
Da Injustiça sou o Rei!
Amargura? Sim! Porque não?
Pra que fingir alegria?
Se me querem ver ao chão?
A humanidade me angustia.
Ingratos, acham que sou vilão!
Mas amo quem me repudia.
Itabuna, 17 de abril de 2005
Gustavo Carneiro de Oliveira
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