sábado, 24 de abril de 2010

Soneto Para Alguém Especial

Soneto Para Alguém Especial

Tento, sem êxito, compor versos...
Traído pelo branco em minha mente,
Esforço-me, porém, inutilmente!
Fogem-me as rimas, em termos tão dispersos.

Como descrever-te assim, incontinenti,
Em poucas linhas, tortas, inseguras?
Árdua tarefa, a do poeta e suas agruras,
Se não transpõe ao papel tudo que sente.

Tu és mais que a métrica limita,
Impossível encerrar-te em poesia...
Que jamais conseguirá ser tão bonita.

Paradoxal dona de contrastes
Num só ente, tempestade e calmaria
Um soneto não é tanto a que te baste.

Gustavo Carneiro de Oliveira
21.12.2007

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