Soneto Para Uma Amiga
Tens, da trombeta, o timbre e a majestade
Sem perder, da harpa, as notas de doçura.
Tu enxergas a beleza na loucura
Sem, no entanto elidir a realidade
O sentimento que teu nome nos revela
Sobre ti recai, se cruzam teu caminho.
A Paixão - tua guia - às vezes teu espinho
Ora te destrói, mas sempre te faz bela!
Se Beethoven, Espanca, Augusto... E claro, o vinho!
Em feéricas horas contigo compartilho
Não teriam o mesmo encanto, eu sozinho.
Se da Lua, não tens tu o mesmo brilho
É que tu, sozinha, geras o teu lúmen
E o Sol provê àquela qual a um filho.
(À Luana, amiga que dispensa qualquer epíteto)
Gustavo Carneiro de Oliveira, 11.07.2006
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