quinta-feira, 22 de abril de 2010

Crepúsculo

(originalmente publicado em)
Itabuna, quarta-feira, 14 de abril de 2004

Crepúsculo

Horas mortas, horas rubras, horas tristes
Moribundo, eis um dia que se finda.
Céu vermelho, sangue derramado -
Crepúsculo de dor e solidão.
Como são tristes os ais do Sol,
Lutando, repleto de agonia,
Implorando para ficar, rastejando.
Chora! Nada mais alumia...
Horas vagas, horas tristes, horas longas
Sorrateira, a escuridão se aproxima,
Sibilante, esgueira-se no horizonte.
Melancolia e pesar... Sinto e suspiro...
Dou adeus ao Sol, que se esvai
(Se nascerá amanhã, não sei)
Como são doídos os passos fugazes
Do astro enfraquecido, que consigo
Leva as cores do mundo...
Horas solitárias, horas dolorosas!
Minuto a minuto, o brilho se apaga.
Neste momento de incertezas,
Quando luz e trevas se abraçam,
Posso perceber que o mundo
Reflete minha alma torturada,
Onde as sombras são cada vez maiores.

Itabuna, 13.04.2004
Gustavo Carneiro de Oliveira

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