Enquanto os olhos não fecham
Perdidos, vagueiam pela noite escura
Sobre telhados, a esmo, valsejando.
Queiram deuses, a qualquer momento (quando?),
Conduzi-los à formosa criatura.
Poesia em vagantes pensamentos,
Rodopios em singela melodia.
Pálpebras que pesam ao raiar do dia,
Olhos que não fecham, posto que atentos.
Evocações inquietas: saltitantes rãs,
Habitantes deste pântano de insônia,
Vêm de tão distante e ao meu leito trazem,
Derramadas, em profusão, memórias vãs.
Sorrio! Sem pompa, sem cerimônia,
Chega à minha mente insone sua imagem.
Rio, 29 de agosto de 2017.
terça-feira, 29 de agosto de 2017
sábado, 19 de agosto de 2017
Noite de Inverno
Noite de Inverno
Lambe minhas pernas, toca leve meus pés
Quando adentra pela noite sem convite.
E te sinto em minha pele, sem limites,
Anseio por teu contato e por quem tu és!
Guarda-te nesta estância, deita nesta alcova,
Abraça-me suave, beija-me ligeiro!
Frio da madrugada, chega sorrateiro
A embalar meu sono, tal que me renova.
O canto da tua mãe ouve comigo!
(Tilintam singelas notas nos telhados
Da garoa que à noite nos vigia).
Logo, logo vai-te embora, chega o dia.
Sem teu adeus, em meu sono acalentado,
Fico na paz dos sonhos, caro amigo.
Rio, 20 de agosto de 2017.
Lambe minhas pernas, toca leve meus pés
Quando adentra pela noite sem convite.
E te sinto em minha pele, sem limites,
Anseio por teu contato e por quem tu és!
Guarda-te nesta estância, deita nesta alcova,
Abraça-me suave, beija-me ligeiro!
Frio da madrugada, chega sorrateiro
A embalar meu sono, tal que me renova.
O canto da tua mãe ouve comigo!
(Tilintam singelas notas nos telhados
Da garoa que à noite nos vigia).
Logo, logo vai-te embora, chega o dia.
Sem teu adeus, em meu sono acalentado,
Fico na paz dos sonhos, caro amigo.
Rio, 20 de agosto de 2017.
quarta-feira, 2 de agosto de 2017
Pretérito Imperfeito
Pretérito Imperfeito
Bumerangue lançado no espaço
Quedando-se açoitado pelo vento
Não fez da sua curva o movimento
Perdeu-se para sempre no embaraço.
Partiu, sem dar adeus, o trem da vida...
(Mãos acenam de longe um lenço gasto)
Para onde vai? Por quais trilhos tão vastos?
Qual plataforma? Que estação desconhecida?
Pelas pradarias, veloz na cavalgada
Foi-se em galope o alazão indócil
Para não voltar, perdendo-se adiante.
Ponteiro de relógio em disparada
Chance desperdiçada pelo ócio.
Pranteia arrependido doravante!
Rio de Janeiro, 31/07/2017.
Bumerangue lançado no espaço
Quedando-se açoitado pelo vento
Não fez da sua curva o movimento
Perdeu-se para sempre no embaraço.
Partiu, sem dar adeus, o trem da vida...
(Mãos acenam de longe um lenço gasto)
Para onde vai? Por quais trilhos tão vastos?
Qual plataforma? Que estação desconhecida?
Pelas pradarias, veloz na cavalgada
Foi-se em galope o alazão indócil
Para não voltar, perdendo-se adiante.
Ponteiro de relógio em disparada
Chance desperdiçada pelo ócio.
Pranteia arrependido doravante!
Rio de Janeiro, 31/07/2017.
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