sexta-feira, 23 de abril de 2010

Desespero

sábado, 9 de dezembro de 2006
(originalmente publicado em)
Valença, 09 de dezembro de 2006

Valença, 09 de dezembro de 2006, 14:27.
Texto escrito em momento de desespero, numa folha de caderno.

Num microcosmo onde inexiste a espontaneidade, e a única forma de carinho é a troca, o homem se vê obrigado à contraprestação! Que ódio tão grande é este que o consome e insiste em brotar dos olhos em forma de lágrimas? Cadê o pote de ouro ao final do arco-íris? E cadê o arco-íris?
As mãos tremem e mal conseguem segurar a caneta. O corpo inteiro vibra, enquanto os soluços saem abafados. Ele não quer plateia! Ele só quer estar longe! Esquecer e ser esquecido. Mas um abraço já bastaria... Um abraço evitaria que novas paredes fossem destruídas. Em seu lugar, apenas o descaso com o seu universo. "Sem alarmes e sem surpresas." Sua vida nunca teve importância. Apenas sobrevive a obrigação que é o amor de pais e filhos. E quando todas as moedas forem pagas, nada mais existirá exceto pessoas estranhas que o acaso colocou sob o mesmo teto.

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