Qual Cinderela às
avessas, anseio
Ouvir da meia-noite
as doze badaladas.
Abóbora em carruagem
transformada,
Borralho que se
encanta em devaneios.
Dedos ágeis, vozes
dissonantes
Expressando as
paixões das descobertas.
Dos sentidos, fica a
porta entreaberta:
Adentra! Anda comigo
doravante!
Mas, por que avança
a noite se com a aurora
Dormiremos, num
adeus de mãos não dadas?
Ansiedade! Esperarei
correrem as horas,
Almejando o avançar
de mais um dia...
Volta logo, volta
logo, madrugada!
Traz o riso que a
manhã não permitia.
Rio de Janeiro, 1º de agosto, 2016.