Sapos
"Maldito seja o homem por sua capacidade de fazer escolhas. Um passo dado em falso pode jogá-lo no fundo do abismo."
(Gustavo Carneiro de Oliveira)
Preciso do que tenho
Não desejo o que preciso
Sou um animal irracional
Um dia segurei o mundo
Hoje, sou um desterrado
Minhas asas tinham-me içado
Agora, atiram-me ao fundo.
(Ícaro, deves ter sofrido...)
É um passado não distante
É um amor não esquecido
Outrora, lancei-me no espaço
No mar, nadei contra as ondas
Mas as correntes são fortes...
Tive um reino, fui um príncipe
Não sou sequer um sapo
E se me beijares não me transformarei
Pois já não tens os mesmos olhos.
Sou um alfabeto grego
Cujo ômega se repete
E encerra o que é passado,
Tentei me auto destruir
Bebi meu próprio veneno.
Agora tudo se foi....
O vento me lançou distante,
Não passo de um grão de poeira.
Ao som de "Dust In The Wind", dedico apenas a mim mesmo, porque esta é a minha maldição.
Itabuna, 31.05.2004
Gustavo Carneiro de Oliveira
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