sábado, 24 de abril de 2010

Sem horas e sem dores... II

(originalmente publicado em)
Rio de Janeiro, quinta-feira, 11 de junho de 2009.

EU FUI!
Esta foi minha segunda viagem com a trupe do Teatro Mágico... Espero que a segunda de muitas! A primeira foi em 2007, mais precisamente em 23/06, no Circo Voador, quando senti umas das maiores emoções que uma apresentação artística já me trouxe.
Na ocasião, achei que não conseguiria experimentar novamente aquele tipo de sensação... Então, eis que quase dois anos depois, vejo-me novamente frente a frente com a trupe... Desta vez o espetáculo não manteve a leveza e a suavidade do "Entrada para Raros". Antes, no palco, a iluminação e os arranjos intensos evocavam uma certa tensão, que chegou ao ápice com o surgimento de um demônio sombrio, que se postou, de forma ameaçadora, atrás do Anitelli, mas que, com a devida vênia para o uso de um clichê, foi devidamente espantado pela magia da música.
Momento sublime o 'pas de deux' em pleno ar protagonizado pelos bonecos trapezistas, emoldurado pelo "lá lá lá lá" que a platéia entoava em uníssono, com as mãos espalmadas. E desnecessário falar de toda a beleza dos elementos circenses...
Se, ainda comparando o "Segundo Ato " com minha primeira viagem, constatei que neste faltou a leveza daquele, devo deixar claro que não faço desta constatação nenhum demérito. Pelo contrário, o Teatro Mágico mantém a mesma carga emotiva, capaz de manter eriçados os poucos pelos do meu braço, enquanto meus olhos se fecham e eu apenas capto o som que vem de todos os lados... "Vou me lembrar de você, enquanto eu respirar", antes de abri-los para vislumbrar o público lindo, pulando e batendo palmas... E só então, percebo que estou fazendo a mesma coisa que todos, com os braços abertos, enquanto minha voz desafinada acompanha a melodia... "só enquanto eu respirar".
Outra vez, a trupe d'O Teatro Mágico manteve acesa minha vontade de segui-la. Espetáculo inesquecível!

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