domingo, 6 de janeiro de 2019

Pedido

Pedido

Quando fores mata funesta,
Deixa-me ser rio que te atravessa,
Margem enternecida que perpassa
Os meandros do teu solo ferido.

Deixa-me ser colarinho
Quando fores gravata.
Em teu nó, abraça-me forte!
Traze algum sentido à minha destinação.

Mas, quando fores mão, outra mão serei.
Deixa-me pôr ao teu lado,
Posto que dedos trançados
Traduzem o verbo aninhar.

E quando fores sorriso, fica!
Deixa-me ser esperança.
Não te vás a brilhar noutros olhos
Não permitas que eu seja saudade.

Rio, 05 de julho de 2018.

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