"Ain, mas Che Guevara era homofóbico e matava gays", diz a pessoa para defender o capitalismo, que só no Brasil assassinou nos últimos 15 anos uma pessoa LGBT a cada 29 horas.
Em tempo, Che Guevara nunca matou uma pessoa por ser gay. Isso é invencionice da própria ideologia do capital para disseminação de propaganda anticomunista. Considerando que a medicina — ciência produzida na sociedade capitalista à época — dizia que a homossexualidade era uma doença, Che, como médico recomendava os protocolos que a própria medicina — capitalista, vou repetir — orientava: internação compulsória e terapia.
Considerando que a medicina — capitalista — tratou a homossexualidade como doença até 1990, chamar de homofóbico um médico que adotava os procedimentos recomendados pela ciência da sua época é um anacronismo que desconsidera a homofobia intrínseca ao próprio sistema de pensamento de uma época e uma sociedade.
E cá pra nós, defender o capitalismo é defender um sistema patriarcal que impõe a heterossexualidade como norma, estabelecendo como padrão a família composta por um homem e uma mulher, explorando o trabalho reprodutivo feminino enquanto discrimina homossexuais produzindo toda a ideologia subjacente ao número de assassinatos de pessoas LGBT.
Não há de quê.
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