sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Teus olhos

Teus Olhos

Quanto cai a noite deste Inverno quente
Similar à calma tarde de um Verão
Sinto o rodopio, a dança intermitente
Dos fantasmas que renascem na escuridão.

Pensamentos torpes: vergastas e correntes
Que me tolhem os sonhos, atam minhas mãos!
Mas eis que na bagunça desta dor ingente,
Brota nos meus olhos dos teus a visão.

Redondas amêndoas, repletas de ternura,
Avançam sobre mim, penetram meu tormento.
De súbito sorrio: é finda minha tortura!

Calou-se a voz pungente! É morto o meu lamento!
Agora me acompanha... Que calma ou que loucura?
Que sonho lindo! Que contentamento!

(A tu, que com teus lindos olhinhos tortos, vem tornando mais reta a estrada sobre a qual caminharei)

Gustavo Carneiro de Oliveira
03.09.2010

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