segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Amanhecer de saudades

Amanhecer de saudades

Tu partes quando mal se abrem os portões do dia...
Hora sorrateira, traz o Sol minha solidão...
Imerso, outrora, em sonhos, desperto à realidade:
“Até breve, amor...” sussurro, sem alento,
Gastando meus últimos minutos ao teu lado
Olhando, tenso, o relógio, cujos ponteiros não param de rodar...

“Vai, anjo meu, desce a rua
E segue em teu trajeto, se tens de ir...”
Saudade pungente que me aperta o peito,
Guio-te até o portão, desejando com ardor
Um derradeiro beijo, um terno abraço –
Instante mágico em que meu corpo e o teu
Num só se amalgamam! –
Há tanta paz, há tanta calmaria neste átimo...
Outrora melancolia, agora felicidade!

E quedo-me só, todavia não lamento
Um longo dia que se segue até que voltes...

Aguardo teu retorno, tomado de nostalgia...
Mas sei que outra noite cairá sobre nós!
Ouvirei de novo teus passos, sentirei outra vez teu abraço!

Vem, Amor! Chega até mim!
Oscula de leve meus lábios,
Carrega-me contigo ao nosso leito
E sejamos felizes, antes do Sol nascer...

Gustavo Carneiro de Oliveira
21.09.2010

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