quinta-feira, 6 de julho de 2017

Elegia por um ser vivente

Fez-se do vinho novamente água
E do sonho fez-se noite não dormida
Viuvez de ente vivo... Quanta mágoa!
Luto inútil. Tanta falta. Morte em vida.

De longe jaz com olhos não cerrados,
Que restam das lembranças? Que tormentos?
Vulto pálido e sombrio que apavora,
Espectro que chega em pensamento...

Saudades do que foi... Tempos de outrora...
Afasta-me da memória que me traz
Sua morte! Quão soturno em peito meu,

Pesar que ganha corpo, vai-te embora!
Ara a quinta de onde medrará minha paz!
Leva o pranto por alguém que não morreu.

Rio, 07/07/2017



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