Enquanto os olhos não fecham
Perdidos, vagueiam pela noite escura
Sobre telhados, a esmo, valsejando.
Queiram deuses, a qualquer momento (quando?),
Conduzi-los à formosa criatura.
Poesia em vagantes pensamentos,
Rodopios em singela melodia.
Pálpebras que pesam ao raiar do dia,
Olhos que não fecham, posto que atentos.
Evocações inquietas: saltitantes rãs,
Habitantes deste pântano de insônia,
Vêm de tão distante e ao meu leito trazem,
Derramadas, em profusão, memórias vãs.
Sorrio! Sem pompa, sem cerimônia,
Chega à minha mente insone sua imagem.
Rio, 29 de agosto de 2017.
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