No mês do orgulho LGBT, precisamos lembrar que a luta pelos direitos da população LGBTQIAPN+ deve passar necessariamente pela luta de classes. Não é de hoje que o capitalismo se apoderou das pautas LGBT, promovendo uma diversidade de fachada, excludente e higienista, basicamente focada na letra G da sigla. São muitos os corpos sarados e brancos de homens gays com algum poder de consumo promovendo empresas explorando a pauta da diversidade. Quem pode se hospedar em um hotel de luxo na Avenida Paulista em dia de Parada LGBT representa a pessoa trans periférica e preta que precisa ralar o dia inteiro para ganhar um salário mínimo num subemprego qualquer? ISSO NÃO É DIVERSIDADE! Quando somente o homem gay cisgênero de corpo padrão for lembrado, não será diversidade, será capitalismo. O mesmo capitalismo que empurra outros corpos LGBTQIAPN+ para fora do "cis-tema", para serem mão de obra barata em um telemarketing qualquer, para não ser visto pelos olhos conservadores de uma sociedade careta.
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